Esta é mais uma postagem influenciada por Miguel Borba (docente da Universidade Federal da Bahia), onde compartilho uma lembrança linda da minha infância.
A atividade proposta foi para que levássemos pra sala cantigas de ninar para avaliar os métodos de criação dos pais na nossa época.
Remexendo minhas memórias encontrei um poema que meu pai fez pra mim quando bebê (em 93) que agora compartilho com vocês.
"Acorda minha filha no meio da noite
que faço eu para te consolar?
canto uma cantiga mas de Chico Buarque
só quando fores grande entenderás
Balanço em meus braços, mas o choro não passa
então mudo a fórmula.
Dorme, minha filha
cantiga minha não te calará
sou tão sem ritmo
e se cantar alto
tua mãe cansada pode acordar.
Recito baixinho um poema de Quintana
e um pequeno verso de Drummond
Adormece minha filha
alheia aos problemas do mundo
e a um novo dia que está pra chegar."
(Um poema de ninar; São Paulo; 1993)
Own, que fofo o poema. E vc sempre com esses olhinhos negros e redondos.
ResponderExcluirHahaha. Verdade...
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