segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Hoje fiquei com uma saudade do caramba, queria poder te ligar e fazer você vir correndo me ver. Não deu, você já estava longe, a quilômetros de distância. (...)
Talvez eu queira te encontrar de novo em uma nova realidade mais bonita, ou talvez eu só queira levar comigo essa lembrança de paixão inacabada. 
 Eu às vezes passo na frente da sua antiga casa e dou uma olhada de canto de olho. O lugar parece abandonado, mas para mim você ainda está lá. Em cada poeira sobreposta na janela, em cada vidro embaçado, em cada marca sujando a pintura. Você vai ficar lá ainda por um bom tempo nos meus pensamentos, até eu conseguir passar sem lembrar. (...) 
Não quero viver baseada em uma esperança melancólica de um amanhã que não chega. Eu vivo o hoje, mesmo que às vezes passe pela sua antiga casa, eu estou no hoje e pretendo ficar nele. E se um dia nós dois nos esbarramos por aí, vou rir do acaso e dizer pra ele: você me enganou direitinho. Mas até lá meu querido, que nós dois sejamos felizes. Felicidade nunca é demais e aqui dentro existe muita vontade de ser feliz."


(Alinni Zorzi.)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O "até logo" de ti está perto.
Ficaram na memória as doçuras daquelas tardes,
a nossa alegria junina,
a inspiração para versos de bem-querer,
a vontade dos teus afagos e
a antiga morada nos teus abraços.
O calor foi trocado pela brisa de nossas memórias
e o amanhã nos é um terreno incerto demais para planos apaixonados.
Entretanto, há tranquilidade na alma e imensa gratidão por ter lhe (re)conhecido.
Pra ti,
todo o meu carinho
e o desejo sincero de que o mundo lhe reconheça com braços calorosos e que você se redescubra em cada novo lugar.
Este é o fim da minha pré-saudade e uma nova página de versos que traduzem a minha alegria da sua passagem pela meu caminho.

(Laíra Alves, 19 de agosto)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

"Vai menina
Põe teu rosto de sorriso
Põe teu jeito de brincar
Vai menina
Com os teus olhos de mercúrio
Colecione vagalumes
Porque a noite logo vem
E vem (...)

Vai menina
Cresce agora, vai
Eu sei que dói (...)

Vai menina
Veste o peito de coragem
Corra, não perca a viagem
Porque os anos logo vêm (...)

Foi de longe que eu me vi
Sozinha a correr
Foi do mundo se levantar
E agora eu vou"

(Ana Larousse)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O desejo,
o olhar,
a boca,
o beijo.

Você,
eu,
teus abraços
e eu me perco
em nosso tempo.

(Laíra Alves)
A solidão me viu
e chorou

(Laíra Alves)
"Vou rodopiar meu corpo na saudade
me lambuzar daquela eternidade
pra ver manchar na pele o que não foi
mas quase foi
vou escorregar nas veias ansiosas
vou rastejar nas tardes ociosas
pra esgotar meu tempo de você
vou nos vencer
vou desocupar então nossa cidade
despopular o reino da vaidade
que conquistou o amor antes de nós
já estamos sós
antes mesmo do fim
já estamos sós"

(Ana Larousse)

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Leve-me ao mar

"Não me leve a mal
Leve-me ao mar
Leva-me à sorte
Não diga que é fardo
Fuja comigo
Pra algum silêncio
Me leve pra onde é deserto em mim
Onde me esconde um segredo
Livra-me do que pode ser medo
Me abrace a alma (...)
Faça amor comigo
Até a última canção
Não diga que é pecado 
Me leve pra ser livre
Lava-me da lágrima 
Que vier do coração "

(Saulo Fernandes)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

(Versos de pré-saudades)


"Mesmo ainda sem ter teus beijos e fazer morada em teus a(braços)
minha mente fantasiosa se antecipa e já sente a tua falta.
Corremos o risco do acaso neste período predeterminado
de nossas futuras ausências geográficas,
entretanto, desejo que nossa liberdade nos una
e que você esteja aqui comigo,
ainda que não esteja.
Há mares de ti em meus olhos que deságuam saudades
do que ainda há de vir."

(Laíra Alves, maio de 2015)


terça-feira, 2 de junho de 2015

Adoro a magia de ler uma carta,
escrever sem o auxílio das novas tecnologias
(podendo sentir a caneta bailando pelo papel,
 dando vida a uma nova criação).
Mas vez ou outra me pego pensando que barato seria
Cartola gravando um áudio pelo whatsApp,
Chaplin publicando seus vídeos no youtube,
Florbela Espanca publicando versos num blog
e compartilhando nas redes sociais...
Que sorte a nossa de poder encontrar toda a arte desses
e de outros mestres de épocas passadas em apenas um click.

(Laíra Alves)